A crise dos 25 anos, as dores de ser adulta e o ódio às mulheres

A crise dos 25 anos, as dores de ser adulta e o ódio às mulheres

Bom dia!
Como estão hoje?

Lembram-se de quando éramos crianças e tudo o que queríamos era ser adultos, para tomarmos as nossas próprias decisões, termos o nosso próprio dinheiro e fazermos o que quiséssemos com a nossa vida? Pois bem, quem por vezes deseja voltar a ser criança ponha o dedo no ar ☝️Quando crescemos, percebemos que ser adulto é tornarmos o trabalho numa parte de nós (que fica incrustada no nosso cérebro mesmo quando estamos de férias), ter de tomar centenas de decisões (desde as do dia a dia às que vão definir a nossa vida) mesmo sem certezas e, em algumas noites, deitar no sofá e desejar que alguém decida por nós. Fiquei a pensar sobre isto de ser adulta depois de conversar com a Catarina Rochinha, criadora de conteúdos e marketing manager, à beira-rio numa tarde de calor no Cais do Sodré. Ela diz que "ser adulta é aprender a viver no eterno desconforto", e não é que é verdade? Nunca temos uma "pausa" da adultez. Não a podemos entregar a ninguém. Com ela vem as inseguranças, as comparações, os medos de estar sozinha ou solteira, a necessidade de fazer terapia – tudo temas da nossa conversa.

“Ser adulta é aprender a viver no eterno desconforto”
Sempre foi considerada “cheinha”, mesmo quando pesava 50 quilos. Nutricionistas e dietas são realidades que conhece de perto, assim como os comentários que se arrastam até hoje. “A minha mãe disse-me: ‘Se calhar devias perder 10 quilos para ires ao casamento da mana’”, conta Catarina Rochinha ao Gen…

Li, vi e gostei


Quarter-life crisis, já ouviram falar? É a crise que acontece entre os 25 e os 30 anos, quando a juventude inconsequente parece estar a acabar e soam os alarmes para as temidas grandes decisões: é mesmo esta a carreira que quero? Ter ou não ter filhos? Afinal, o que quero da vida? 11 mulheres que já passaram por isso e têm agora mais de 30 anos deixam os seus conselhos, olhando para trás. Parece que é mesmo verdade: a vida pode mudar drasticamente depois dos 30 – e para melhor.

The Best Advice 11 Women Over 30 Have For Your Quarter-Life Crisis
“It’s perfectly fine to be mediocre.”

Ora aqui está um exemplo de como é preciso pormo-nos no lugar do outro para entendermos outras realidades. Sim, as trotinetes já causaram vários acidentes e são muitas vezes "mal conduzidas", mas o que eu nunca tinha pensado é como isso pode ser 10x pior para quem não vê. O medo de cair ou de sofrer um acidente é tão grande que já faz com que algumas pessoas prefiram ficar em casa levando, claro, ao isolamento. Empatia, civismo e fiscalização mais apertada é o que se pede.

Cegos temem trotinetes “desenfreadas” nas cidades: “Muitos já evitam sair de casa”
As dificuldades sentidas por pessoas cegas ao circularem num passeio público não são de hoje; as trotinetes são apenas o mais recente obstáculo numa longa lista. São “inúmeros” os relatos de acidentes, diz ACAPO.

Sim, há homens que odeiam mulheres. Homens que se parecem com os nossos amigos, colegas, que são até considerados "bonitos" e "apresentáveis". Homens que não têm "cara" de quem odeia mulheres. Hunter Moore é um deles. A história é bem recente. Hunter criou um site de "pornografia de vingança", em que qualquer pessoa podia colocar fotografias de mulheres nuas, com os seus perfis de redes sociais e contactos ao lado. Mais: fazia-se hacking de contas de e-mail pessoais para roubar fotos íntimas, nunca partilhadas, e colocá-las no site para todo o mundo ver. O mais chocante da série é o desprezo de Hunter pelas vítimas. É a forma como ele fala sobre elas. Vale a pena ver, para não nos esquecermos que a guerra às mulheres continua por aí.

Obrigada


Esta semana ficámos a saber que o Podcast Gender Calling, com apenas 5 episódios ainda, já aparece nos top's 😍  Assim foi na Apple Podcasts. Que bom saber que estão desse lado. O futuro será ainda melhor!

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Boa quinta-feira!

Catarina Marques Rodrigues
Jornalista e Fundadora Gender Calling