Qual foi a última vez que fizeste algo pela primeira vez?
Bom dia!
Espero que estejam bem.
Hoje quero dedicar esta newsletter a todas as pessoas que, em alguma vez na vida, acharam que já era "tarde" para fazer uma mudança de vida, que já não iam conseguir superar um medo ou que já se lamentaram por não terem aproveitado "a juventude" para fazer certas coisas. (Sinto que estou a ouvir um tímido "eu" desse lado, murmurado para dentro). Pois é, esse pensamento vem por norma acompanhado de culpa, de vergonha ou de alguma tristeza. Achamos sempre que já é tarde, mas nunca fazemos, e quanto mais tempo passa mais tarde fica.
Hoje trago-vos exemplos reais de como é possível fazer algo disruptivo, mesmo fora dos "prazos de validade" ou das regras que alguém inventou. Afinal, todos/as nós precisamos de um bocadinho de magia na nossa vida. Walt Disney (na fotografia em cima) tinha razão: “Laughter is timeless. Imagination has no age. And dreams are forever”.
Li, vi e gostei
Quem disse que era preciso ter imensos dates, descarregar aplicações ou ter um x número de parceiros românticos ou sexuais para casar? Elly Parsons vai casar com um rapaz que começou por ser um grande amigo e, por isso, não houve os típicos "primeiros encontros" para se conhecerem bem. Na verdade, ela nunca usou aquilo que são hoje as formas mais comuns de conhecer um parceiro – as apps. Elly é um exemplo de que, também nos relacionamentos, não há fórmulas universais de descoberta de almas gémeas. Este texto na primeira pessoa traz-nos o conforto de que cada história é única.
Nesta série da RTP, são entrevistadas várias mulheres que contribuíram ou para a mudança de mentalidades, ou para romper com um padrão, ou para dar um golpe no machismo. Para se impulsionar a mudança, por vezes, é preciso fugir ao status quo. São boas inspirações.
Gender Calling
A altura de praia e de corrida às piscinas significa felicidade e descanso para muita gente, mas para outras pessoas pode significar momentos de pânico. Afinal, há quem não goste de água, há quem tenha passado por acidentes traumatizantes e há quem nunca tenha aprendido a nadar. O que há, também, é vergonha de o dizer – sobretudo se formos adultos/as já bem crescidos/as.
Não é o caso de Fernanda Freitas. A empreendedora social admite-o ao Gender Calling, e relata o quão penoso foi viver com medo da água. Uma entrevista sobre mudanças, em qualquer idade, e sobre a superação (mesmo quando não é vista assim por toda a gente).
Insólito
Mais um episódio insólito para a caixinha de "Mulheres tratadas como objetos". Este é uma campanha da Embaixada da Rússia em Espanha, que pretende promover o país. No vídeo, salientam o que o país tem de melhor para oferecer – e é aí que se incluem as mulheres. Aqui, elas são equiparadas à vodka, aos táxis, à eletricidade e à água. São recursos e "serviços", como quaisquer outros.
Lembra-me os comentários muitas vezes feitos sobre as mulheres africanas serem melhores que outras por serem "mais isto ou aquilo" na hora do sexo, assim como as assunções feitas tantas vezes sobre os órgãos sexuais dos homens negros e a sua "óbvia" performance sexual inesgotável. A sexualização dos corpos é um flagelo que parece não acabar, e que se torna particularmente agudo no verão. Sempre que puderem, fujam dele.
Aproveitem os dias de férias ou de trabalho. E já sabem: façam algo pela primeira vez. "A sensação de conquista é ótima em qualquer idade", diz a Fernanda no nosso podcast. E é bem verdade.
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Boa quinta-feira! E bom fim de semana!
Catarina Marques Rodrigues
Jornalista e Fundadora Gender Calling