Capicua: "As mulheres estão sempre a ser postas em causa"
Ana Matos Fernandes cresceu com o feminismo, mas admite que o processo de libertação das pressões da sociedade é eterno. Diz, aliás, que a cada fase da vida se redescobre como mulher: um dos últimos grandes desafios foi a fase em que o filho nasceu, em que decidiu amamentar e dedicar-se à maternidade. Foi como se estivesse a acontecer uma "nova adolescência", resume, que mexeu com as fronteiras do corpo e da individualidade.
Capicua diz que "nunca quis ser uma estrela pop" porque o "tempo que iria demorar a tentar encaixar" a iria consumir, e questiona se o uso hoje do corpo e da sexualidade das mulheres no mundo do entretenimento pode comprometer a intenção.
Os preconceitos que sofreu, as dificuldades para continuar e as desigualdades que a incomodam são temas desta conversa, em que Capicua admite que talvez não continue a carreira pública de rapper "durante muito mais tempo".
Entrevista disponível no Podcast Gender Calling (em todas as plataformas) e em versão curta no YouTube Gender Calling.